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Comemorações do Senhor Santo Cristo dos Terceiros 2017

A procissão do Senhor Santo Cristo dos Terceiros ou Cristo da Coluna levou muita gente à Ribeira Grande, na tarde do passado domingo, naquela que é a primeira procissão quaresmal, saindo da igreja de Nossa Senhora do Guadalupe, propriedade da Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande.
Participaram na imponente procissão muitos Romeiros da Ouvidoria da Ribeira Grande, bem como representações bombeiros voluntários, escuteiros, estudantes da Escola Secundária, funcionários da Misericórdia e ainda inúmeras promessas que acompanharam o andor do Senhor Santo Cristo, numa devoção secular na cidade da costa norte de S. Miguel.
Num dia primaveril, o cortejo processional atravessou as ruas principais da Ribeira Grande com 10 dos 14 andores que fazem parte da procissão da Ordem Terceira, em que o da Imagem do Senhor Santo Cristo é o principal, todos evocando a história de São Francisco de Assis e dos Santos pertencentes à Ordem Franciscana.
As Bandas Filarmónicas do Triunfo e Voz do Progresso participaram no cortejo, executando com mestria o sempre emotivo Hino do Senhor Santo Cristo à saída e entrada procissão e ao longo do percurso trechos musicais próprios do período quaresmal.
A solene concelebração litúrgica realizada na Igreja- Mãe da Santa Casa foi presidida pelo Franciscano Pe. Vitor Melícias, figura religiosa muito conhecida em todo o país, pela sua intensa ligação à ação social, tendo sido acolitado pelo Capelão da Misericórdia, Pe. Manuel Galvão e pelos Pes. Roberto Borges Cabral e Vítor Medeiros e ainda por Monsenhor Weber Machado Pereira.
O coro litúrgico, que muito dignificou e elevou a solene a cerimónia litúrgica, foi constituído pelos grupos corais da ouvidoria, sob regência de Gilberto Silva, sendo organista o músico José António Garcia.
A Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande cumpre mais uma vez o seu Compromisso, realizando esta procissão, num legado, como se sabe, da Ordem Terceira, que nos Açores vem desde os primórdios do povoamento destas ilhas. A fundação do Convento dos Frades na Ribeira Grande esteve ligada ao desenvolvimento populacional e urbano da costa norte de S. Miguel, em que em 1592, Gonçalo Alvares Batateiro e sua mulher, Inês Pires, conseguiram licença do bispo de Angra, D. Manuel de Gouveia, para construírem uma ermida sob a invocação de Nossa Senhora de Guadalupe que depois foi ampliada. A Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande, tendo em atenção que o ex convento se encontrava desocupado, solicitou à Rainha D. Maria II a concessão do mesmo, para instalação do seu hospital. O pedido foi satisfeito em 1839, ficando a Santa Casa como sua proprietária.
Atualmente, a Igreja-Mãe da Santa Casa é o Museu Vivo do Franciscanismo, sendo gerido pela Câmara Municipal, sendo de enaltecer o papel dos funcionários daquele Museu que se excedem nos preparativos destas festividades em honra do Senhor Santo Cristo dos Terceiros, bem como da Paróquia da Conceição e do Município da Ribeira Grande pelo apoio prestado à Misericórdia da Ribeira Grande que acaba de completar 424 anos da sua existência.

 

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